De sílabas de letras de fonemas
se faz a escrita. Não se faz um verso
Tem de correr no corpo dos poemas
o sangue das artérias do universo.
Cada palavra há-de ser um grito.
Um murmúrio um gemido uma erecção
que transporte do humano ao infinito
a dor o fogo a flor a vibração.
A Poesia é de mel ou de cicuta?
Quando um Poeta se interroga e escuta
ouve ternura luta espanto ou espasmo?
Ouve como quiser seja o que for
fazer poemas é escrever amor
e poesia o que tem de ser é orgasmo.
José Carlos Ary dos Santos
quinta-feira, 1 de maio de 2008
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